Churrasco americano: o que é, onde comer e a diferença para o brasileiro

O mecanismo do churrasco americano resulta em carnes extremamente macias e saborosas por meio de um longo período de cocção (que pode durar até 14 horas), em baixa temperatura e com uso de fumaça de lenhas de árvores frutíferas.

Por isso, o método também é chamado de low & slow (baixo e lento, em português).

Qual a diferença para o churrasco brasileiro

Enquanto por aqui, na maioria das regiões brasileiras, a estrela do churrasco é a picanha na grelha, feita diretamente sobre a brasa do carvão em menos de meia hora, o rei do churrasco americano é o brisket (peito do boi), defumado por até 12 horas dentro de um equipamento chamado pit.

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(Weber.com/Divulgação)

Além disso, na defumação, as coadjuvantes fraldinha e alcatra dão lugar às costelas bovinas e suínas; e as opções de frango são, preferencialmente, de sobrecoxas.

Em resumo, nosso churras é movido a cortes do traseiro bovino, enquanto, no método americano, os cortes do dianteiro — apelidados erroneamente por nós de “carne de segunda” por serem mais duros — é que fazem sucesso.

Temperos e acompanhamentos

Sal, açúcar e pimentas fazem os dry rub (condimento seco) que temperam a carne, que, após pronta, pode ser servida com um boa camada de molho barbecue, de sabor agridoce.

Vinagrete e farofa, que nada! Ao lado das carnes de um autêntico BBQ estão o cornbread (pão de milho), a espiga de milho e saladas que levam repolho, por exemplo.

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(Epicurious/Pinterest/Reprodução)

Como fazer o churrasco americano

Se você deseja se aventurar nesse estilo, tenha paciência: o processo demanda muitas horas para que a carne atinja o ponto ideal.

Além disso, é preciso ter um pit, que possui compartimentos fechados para a carne e outros para a lenha e o carvão.

No entanto, isso não é mais um problema porque o cenário vem mudando em torno do método, que já tem milhares de adeptos no país.

O interesse vem atiçando o mercado local para produzir os equipamentos e disponibilizar os insumos necessários. “Fabrico dois pits profissionais por mês a um custo médio de R$ 30 mil. Agora, também estamos fabricando a versão doméstica, a partir de R$4,300. Nos últimos 15 dias foram feitos 9 pedidos desse tipo”, revela o churrasqueiro profissional e empresário Anderson Amar, da Smoke Texas, fabricante de pits no Brasil.

Onde aprender e degustar

Como tudo que é novidade, a melhor forma de aprender é colar em um especialista.

Em São Paulo, uma excelente opão é o Workshop de Pitmaster (mestre churrasqueiro, em português) com Daniel Lee.

Primeiro juíz brasileiro a integrar a Kansas City Barbecue Society (KCBS), maior entidade de churrasco americano do mundo, Lee ministra mensalmente 10 horas de curso com degustação na sede da Famiglia Artigianale.

A próxima data é no sábado (19/05) e as inscrições são feitas pela agência Infinity.

No restaurante Quintal do Izi, às quintas-feiras, as pork ribs (costelinhas de porco) defumadas por seis horas, servidas com batatas rústicas e molho barbecue caseiro são uma excelente pedida para o almoço.

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(mccormick/Pinterest/Reprodução)

Assim como o sabor, o preço também é surpreendente: R$ 29,80 o prato.

E, se sua intenção, antes de qualquer coisa, é provar algumas opções, como um bom brisket, o Churras Fest BBQ Festival, no dia 26 de maio, em Atibaia, é a pedida idela para curtir com parentes e amigos.

Os ingressos vão de R$ 160 a R$ 320.

Fonte: Reportagem de Paty Moraes Nobre, para a revista VIP.

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